segunda-feira, novembro 21, 2011

3º DIA DA SEMANA VEGETARIANA DA UNICAMP


O terceiro e último dia da Semana se iniciou com uma palestra-conversa da Juliana, nutricionista e integrante do coletivo Bando Bonnot. Juliana nos falou sobre a dieta vegana: os benefícios do veganismo ao corpo, os nutrientes aos quais temos que ter atenção, como os nutrientes se combinam para uma melhor absorção pelo corpo e as variedades interessantes no prato. Em forma de bate-papo, após a exposição, conversamos um pouco sobre a diversidade de temperos culinários, as receitas veganas, os substitutos para açúcar, entre outras coisas bacanas... Algumas pessoas mencionaram que o veganismo mudou, além do próprio corpo, a suas formas de ver o mundo.

Na hora do almoço, no espaço do CACH, tivemos a tradicional e deliciosa feijoada vegetariana, feita pelo nosso Restaurante Universitário (Bandejão), reunindo alunos e funcionários da Unicamp, além de pessoas da comunidade.


Na parte da tarde, tivemos a oficina de culinária com o grupo Las Vegans: a demonstração contou com uma sopa fria (gaspacho) de legumes bem refrescante, uma receita de abóbora moranga recheada com creme de palmito e, de sobremesa, um manjar de coco com ameixa. Veja as fotos a baixo!!


E pela noite, para encerrar o evento, o coletivo anarquista Bando Bonnot, nos falou sobre o elo entre veganismo e o modo de vida libertário: a prática do veganismo é percebida como uma conseqüência do princípio anarquista que pressupõe o relacionamento igualitário e solidário entre todos. No caso, a relação solidária entre humanos se extende para outras espécies: os animais, seres imensamente explorados pela indústria (alimentícia, de cosmético, de vestuário, entre muitas outras) podem, aqui e agora, ser de fato respeitados através de uma prática de vida que procura boicotar a indústria não comprando seus produtos e guiando-se pelo princípio "faça-você-mesmo". Preferir fazer a própria comida, comprar o mínimo possível, produzir os próprios livros (fanzines), se apropriar da internet (uma rede de conhecimento altamente livre), plantar no quintal de casa, ocupar locais abandonados, praticar o constante auto-questionamento, tudo isso conforma uma vida que busca se livrar das dependências de mercados e dos ambientes competitivos ao redor da cultura de consumo. Assim, forma-se uma rede alternativa de trocas ao redor do mundo pelos atores da contra-cultura punk. Como disseram os integrantes, o combate cotidiano é contra o racismo, a homofobia, o patriarcalismo, o especismo, ou seja, tudo o que torna as pessoas, no fundo, mais distantes umas das outras.


Manjar de Coco:




Gaspacho Rápido:




Moranga assada, recheada com creme de

palmito e coco:







Moranga assada, saindo do forno!




Receitas da Oficina - Sugestões práticas e baratas para um Natal Vegetariano:


Entrada: Gaspacho Rápido


6 tomates maduros, sem pele ou

sementes

1 pepino japonês, sem casca

1 tira de pimentão

1/2 pimenta dedo de moça sem

sementes

2 colheres (sopa) vinagre de maçã

2 colheres (sopa) azeite extra virgem

1 cebola pequena

1 dente de alho

2 ou 3 fatias de pão de forma vegano ou

2 pães sírios

1 pitada de pimenta do reino

Sal a gosto

Para finalizar:

• 1/2 xícara (chá) pimentões

verdes e vermelhos cortados em

cubinhos

• 1 fio de azeite, para finalizar


Modo de Fazer:

Retire a pele dos tomates fazendo um corte

em "x" na base de cada um e mergulhando-os em

água fervente por 1 minuto e puxando. Retire as

sementes. Reserve.


Passe cada pão por um fio de água e reserve.


Descasque e pique grosseiramente todos os

vegetais (exceto os da finalização) e o pão.

Coloque no liquidificador e bata até obter um

creme homogêneo.


Transfira para taças ou sopeira e leve à geladeira.

No momento de servir, finalize com o azeite e os

pimentões em cubos.



Prato principal: Moranga assada, com creme de

palmito e coco.


1 moranga média

1 cebola

300g (1 vidro) de palmito pupunha em

conserva, bem picado/desfiado.

1 colher (sopa) óleo

200ml (1 vidrinho) de leite de coco

100ml de água

1 colher (chá) molho de pimenta

2 colheres (sopa) coentro fresco picado

Sal a gosto


Modo de Fazer:

Aqueça o óleo e refogue a cebola picada, até

dourar. Adicione o palmito, o molho de pimenta,

o leite de coco, água e sal a gosto. Quando ferver,

adicione o coentro. Cozinhe até adquirir uma

textura de creme. Reserve.

Abra a moranga (guarde a "tampa"), retire as

sementes e cozinhe ou no vapor até fical al dente

ou em microondas por 9 minutos em potência

alta.

Recheie com o creme de palmito, recoloque a

tampa e leve ao forno quente pré aquecido até

que a casca adquira brilho e a polpa esteja bem

macia. Sirva com arroz.



Sobremesa: Manjar de Coco


400ml (2 vidrinhos) leite de coco

300ml água

4 colheres (sopa) açúcar

3 colheres (sopa) amido

1 pitada de sal


Misture todos os ingredientes em uma panela.

Mexa com um batedor até ferver e obter um

creme. Despeje em uma fôrma ou pirex próprios

para pudim e leve à geladeira até firmar.


Calda de Ameixa:

• 1/2 xícara (chá) ameixas secas

• 1/4 xícara (chá) açúcar orgânico

• 1/4 xícara (chá) água

• 1 pau de canela

• 1 colher (chá) conhaque (opcional)


Pique as ameixas para obter pedaços menores.

Leve todos os ingredientes - exceto conhaque - ao

fogo até obter uma calda rala. Desligue, adicione

o conhaque, aguarde esfriar um pouco e despeje

sobre o manjar.



Considere complementar essa ceia com também

uma bonita salada de folhas verdes/roxas/ervas,

arroz branco ou integral e alguma variedade de

frutas, frutas secas e castanhas.



VegVida / Las Vegans – Renata Octaviani Martins, Érica Mara Dantas, Thaís Saito

http://www.lasvegans.com.br/

vegvida.com.br/

sexta-feira, novembro 18, 2011

2º DIA DA SEMANA VEGETARIANA


2º DIA DA SEMANA VEGETARIANA DA UNICAMP

O segundo dia da Semana Vegetariana iniciou com uma palestra bem diferente das que já tivemos nos anos anteriores, proferida pelo nosso colega Gleiton, a respeito de como os conhecimentos em lingüística podem ajudar a nossa causa em prol dos animais. Através da construção do discurso, podemos expressar o que são os animais e, portanto, evidenciamos o modo como nos relacionamos com estes seres.
Gleiton, através de um texto de Clarice Linspector, intitulado "Uma galinha", nos mostrou como a escritora pode descrever o animal e a partir de alguns nomes, podemos montar um retrato da nossa sociedade: a galinha é "uma galinha de domingo", "um almoço", um ser "estúpido", "apático" e desprovido de qualquer coisa. Ainda assim, parece, certo dia, despertar um sentimento ambíguo na família que não a mata para comer, pois ela botara um ovo. Não obstante, futuramente a mesma galinha será o alimento daqueles humanos que, um dia, resolveram lhe poupar, pela interpelação da voz da menina que ao ver o ovo disse "ela pôs um ovo, ela quer nosso bem".
A descrição de Clarisse, que nega à galinha a condição de um sujeito, em certo etapa da narrativa, torna a galinha metáfora para uma condição feminina vulnerável, pois "diferentemente do galo", não é vitoriosa em uma fuga e, quando bota um ovo, é uma uma jovem parturiente "nem suave, nem arisca, nem alegre, não era nada, era uma galinha". Um ser ambíguo, ao mesmo tempo nada ou alguenzinho inferior, a galinha é uma protagonista que me lembrou a Macabéa, do livro A hora da Estrela…."

Depois tivemos a Oficina de Alimentação Viva com Tamara, onde tivemos degustação de um suco verde delicioso e em seguida, a Palestra sobre Ativismo com Marcelo Gomide, do Sea Shepherd

O 2º dia finalizou o dia com chave de ouro com a Palestra sobre vivissecção com Dra.Odete Miranda, q gentilmente nos deu o power point da Palestra para divulgar aqui.
* foto da palestra da Dra. Odete Miranda

1º DIA DA SEMANA VEGETARIANA

Pra quem não pode ir, aqui vai um resumo de como está sendo feito pela Mayra Vergotti, obrigada, amiga!

1º DIA DA IV SEMANA VEGETARIANA DA UNICAMP

Abertura com Renata VegVida
Na palestra de abertura da VI Semana Vegetariana, Renata Octaviani nos falou, de modo introdutório, sobre os tipos de vegetarianismo e as diferentes motivações de adesão (a ética, a ambiental, a questão da saúde, a religiosa e a higiênica). Renata passou um pouco pela história do vegetarianismo - citou Pitágoras, mencionou o vegetarianismo indiano e budista, e a controvérsia em relação a história do conceito "vegetarian", forjado no século XIX, junto a então fundada Sociedade Vegetariana da Grã-Bretanha, a primeira no mundo (o termo "vegetarian" etimologicamente, vem do radical "veget", da palavra que também derivou "vegetal" e não do vegethus, como se costuma dizer e que significa "vigoroso").
Em seguida, Renata falou sobre nutrição, baseada em uma pirâmide alimentar mais convencional dentro do próprio vegetarianismo, mas atenta aos produtos integrais, sementes e grãos. Alertou para a importância dos produtos in natura e enfatizou o feijão como alimento rico na dieta vegetariana. Mencionou brevemente o crudivorismo e a macrobiótica como possíveis complementos ao vegetarianismo.
Esta palestra ocorreu no salão do PB, com ajuda do pessoal que organizava as atividades de greve. Agradecemos imensamente o pessoal pela disponibilidade e empréstimo de audio e projetor!


Filme Sociedade Morta
Pra quem não pode assistir, aí vai o link em 5 partes no youtube:http://www.youtube.com/watch?v=zbBcXfCn8fo
Indicação do Silvio Shina e debates no final!

Oficina de Permacultura Urbana com Semeadores
Bacana!

Na palestra da noite, que ocorreu em um auditório do mesmo prédio, o professor Omar, por sua vez, nos relatou sobre sua vivência no Haiti e em Moçambique e falou sobre os comportamentos que pôde observar entre humanos e animais nesses contextos. No caso do Haiti, os animais, ao contrário dos homens, tinham uma vida diferente durante a noite: à noite, as matilhas de cachorros caminhavam pelas ruas, em busca de comida e de sociabilidade entre eles, quando a cidade ficava esvaziada de humanos. A falta de liberdade diurna para os cães era compensada, assim, na visão de Omar, com essa liberdade noturna.
Em contexto bélico, alguns humanos achavam que os corpos dos cadáveres nas ruas (haviam mortos humanos, embrulhados e identificados pelo trabalho dos voluntários), ficavam "jogados para os animais famintos comerem". Mas, a verdade é que, ao contrário do temor de alguns sujeitos, os cachorros não apresentavam comportamentos violentos e não comiam carniça humana, diferentemente do pensamento que rondava a população, na tentativa de interpretar a magia noturna, momento em que "as coisas mudavam de lugar". é que à noite, de fato, tudo mudava: a cidade ficava sombria e tudo era diferente. Omar fez uma analogia com a nossa idéia de bicho papão ou chupa-cabras...
Naquele contexto da noite, onde "todos os gatos são pardos" , não se distinguia humanos de animais e a violência entre os homens era, assim, projetada aos cachorros.
Em Moçambique, o combate da intensa exploração dos negros pelos brancos colonizadores era transposta para outras espécies: na rebeldia, vacas brancas e gatos brancos eram mortos, justamente por seres brancos. Assim como em uma série de outros contextos humanos, a chamada "zoomorfização" (termo antropológico) também aparece. Podemos pensar, quem sabe que isso que os antropólogos chamam de zoomorfização, ou seja, a percepção de que a "animação" ou "animalidade" seja algo comum entre homens e animais, na verdade, seja uma capacidade humana de reconhecer no animal algo que temos em nós (ou vice-versa)...
Omar também citou ainda obras nas quais, em contextos e guerra, refugiados judeus eram acolhidos pela população humana tanto quanto os animais domésticos que eram abandonados em tempos de guerra. [alguém anotou o nome das obras?] Assim, a solidariedade era vivida tanto entre humanos quanto entre estes os animais com quem compartilhava o espaço social.
Estávamos em um grupo pequeno, então fizemos uma roda de conversa, bem proveitosa e com intervenções, perguntas e frutas (pêssegos e ameixas compuseram o cenário). Um colega do Omar, Sebastiao Nascimento, complementou sua palestra, o que enriqueceu a conversa. Sebastião disse-nos, por exemplo, que em momentos de suspensão de direitos, os animais eram tratados como os humanos, ou seja, recebiam as mesmas violações. Esse fato apenas reafirma a idéia de que violência é sempre violência, não importa quem a receba...

www.youtube.com
Um filme anti-civilização baseado numa entrevista com John Zerzan. Download:http://www.archive.org/details/DeadSociety

terça-feira, novembro 15, 2011

quarta-feira, novembro 09, 2011

Prévia Programação Semana Vegetariana da Unicamp

PROGRAMAÇÃO DEFINITIVA

(todas as atividades são gratuitas e abertas ao público)

Locais: Unicamp - Palestras no PB (Prédio Básico, 2o andar) e oficinas no CACH-IFCH

O PB fica na frente do bandejão e ao lado da entrada da Av. Atílio Martini.

Quarta 16/11
9h às 11h30: Abertura com palestra Renata Octaviani (Las Vegans) no saguão do PB
14h às 15h: Filme Sociedade Morta (50min) no PB16
15h30 às 17h30: Oficina de Permacultura Urbana com Semeadores no PB16
19h30 às 22h: Palestra Animais do Haiti com Omar - PB16

Quinta 17/11
10h às 11h30: Palestra sobre Linguística como Instrumento de Militância com Gleiton no PB16
14h às 16h: Oficina de Alimentação Viva com Tamara na frente do CACH-IFCH
16h30 às 17h: Palestra sobre Ativismo com Marcelo Gomide, do Sea Shepherd no PB16
19h30 às 22h: Palestra sobre vivissecção com Dra.Odete no PB17

Sexta 18/11
9h às 10h10: Debate/Papo sobre Nutrição Vegana com Juliana do Bando Bonnot no PB16
10h20 às 11h30: Palestra sobre Slow Food com Mario Firmino no PB16

Almoço: Tradicional feijuca vegana no capricho no CACH-IFCH.
IMPORTANTÍSSIMO: Cada um leva seu prato e seus talheres!

14h30 às 15h30: Oficina com Las Vegans no CACH-IFCH
19h30 às 22h: Palestra sobre Veganismo e Libertação Animal com Bando Bonnot no PB16

quarta-feira, outubro 19, 2011

Organização da Sexta Semana Vegetariana

Estamos organizando a próxima semana, que ocorrerá entre os dias 16 e 18 de novembro de 2011. Se tiver idéias ou quiser ajudar, entre no grupo de email: vegunicamp ou vá até as nossas reuniões que estão ocorrendo de segundas as 18hs nas mesinhas da pós do IFCH (lá embaixo!). 
Em pouco tempo publicaremos a primeira versão da programação já confirmada.
go veg!