sexta-feira, novembro 18, 2011

1º DIA DA SEMANA VEGETARIANA

Pra quem não pode ir, aqui vai um resumo de como está sendo feito pela Mayra Vergotti, obrigada, amiga!

1º DIA DA IV SEMANA VEGETARIANA DA UNICAMP

Abertura com Renata VegVida
Na palestra de abertura da VI Semana Vegetariana, Renata Octaviani nos falou, de modo introdutório, sobre os tipos de vegetarianismo e as diferentes motivações de adesão (a ética, a ambiental, a questão da saúde, a religiosa e a higiênica). Renata passou um pouco pela história do vegetarianismo - citou Pitágoras, mencionou o vegetarianismo indiano e budista, e a controvérsia em relação a história do conceito "vegetarian", forjado no século XIX, junto a então fundada Sociedade Vegetariana da Grã-Bretanha, a primeira no mundo (o termo "vegetarian" etimologicamente, vem do radical "veget", da palavra que também derivou "vegetal" e não do vegethus, como se costuma dizer e que significa "vigoroso").
Em seguida, Renata falou sobre nutrição, baseada em uma pirâmide alimentar mais convencional dentro do próprio vegetarianismo, mas atenta aos produtos integrais, sementes e grãos. Alertou para a importância dos produtos in natura e enfatizou o feijão como alimento rico na dieta vegetariana. Mencionou brevemente o crudivorismo e a macrobiótica como possíveis complementos ao vegetarianismo.
Esta palestra ocorreu no salão do PB, com ajuda do pessoal que organizava as atividades de greve. Agradecemos imensamente o pessoal pela disponibilidade e empréstimo de audio e projetor!


Filme Sociedade Morta
Pra quem não pode assistir, aí vai o link em 5 partes no youtube:http://www.youtube.com/watch?v=zbBcXfCn8fo
Indicação do Silvio Shina e debates no final!

Oficina de Permacultura Urbana com Semeadores
Bacana!

Na palestra da noite, que ocorreu em um auditório do mesmo prédio, o professor Omar, por sua vez, nos relatou sobre sua vivência no Haiti e em Moçambique e falou sobre os comportamentos que pôde observar entre humanos e animais nesses contextos. No caso do Haiti, os animais, ao contrário dos homens, tinham uma vida diferente durante a noite: à noite, as matilhas de cachorros caminhavam pelas ruas, em busca de comida e de sociabilidade entre eles, quando a cidade ficava esvaziada de humanos. A falta de liberdade diurna para os cães era compensada, assim, na visão de Omar, com essa liberdade noturna.
Em contexto bélico, alguns humanos achavam que os corpos dos cadáveres nas ruas (haviam mortos humanos, embrulhados e identificados pelo trabalho dos voluntários), ficavam "jogados para os animais famintos comerem". Mas, a verdade é que, ao contrário do temor de alguns sujeitos, os cachorros não apresentavam comportamentos violentos e não comiam carniça humana, diferentemente do pensamento que rondava a população, na tentativa de interpretar a magia noturna, momento em que "as coisas mudavam de lugar". é que à noite, de fato, tudo mudava: a cidade ficava sombria e tudo era diferente. Omar fez uma analogia com a nossa idéia de bicho papão ou chupa-cabras...
Naquele contexto da noite, onde "todos os gatos são pardos" , não se distinguia humanos de animais e a violência entre os homens era, assim, projetada aos cachorros.
Em Moçambique, o combate da intensa exploração dos negros pelos brancos colonizadores era transposta para outras espécies: na rebeldia, vacas brancas e gatos brancos eram mortos, justamente por seres brancos. Assim como em uma série de outros contextos humanos, a chamada "zoomorfização" (termo antropológico) também aparece. Podemos pensar, quem sabe que isso que os antropólogos chamam de zoomorfização, ou seja, a percepção de que a "animação" ou "animalidade" seja algo comum entre homens e animais, na verdade, seja uma capacidade humana de reconhecer no animal algo que temos em nós (ou vice-versa)...
Omar também citou ainda obras nas quais, em contextos e guerra, refugiados judeus eram acolhidos pela população humana tanto quanto os animais domésticos que eram abandonados em tempos de guerra. [alguém anotou o nome das obras?] Assim, a solidariedade era vivida tanto entre humanos quanto entre estes os animais com quem compartilhava o espaço social.
Estávamos em um grupo pequeno, então fizemos uma roda de conversa, bem proveitosa e com intervenções, perguntas e frutas (pêssegos e ameixas compuseram o cenário). Um colega do Omar, Sebastiao Nascimento, complementou sua palestra, o que enriqueceu a conversa. Sebastião disse-nos, por exemplo, que em momentos de suspensão de direitos, os animais eram tratados como os humanos, ou seja, recebiam as mesmas violações. Esse fato apenas reafirma a idéia de que violência é sempre violência, não importa quem a receba...

www.youtube.com
Um filme anti-civilização baseado numa entrevista com John Zerzan. Download:http://www.archive.org/details/DeadSociety

Um comentário:

http://www.infoenem.com.br disse...

Gostei demais de todas as idéias e dos eventos!!! Sucesso a todos!!!